Por: Assessoria Elizeu Rocha - Foto: Allan S. Ribeiro
A circulação de caminhões dentro do perímetro urbano é cada vez mais intensa. Em Ribeirão Preto, com a implantação da região metropolitana o fluxo deve se intensificar ainda mais.
As colisões de caminhões em passarelas, pontes e viadutos há tempos vem ganhando espaço no noticiário nacional. Podemos relembrar alguns eventos marcantes.
Em 1997, um caminhão caçamba fez 27 vítimas na cidade de Guarulhos, sendo sete delas fatais. Em 2008, um caminhão com a caçamba levantada derrubou passarela da rodovia dos Imigrantes em São Paulo (trecho urbano), matando uma pessoa. Em 2010, um caminhão com a caçamba levantada derrubou uma passarela na Rod. Raposo Tavares em São Paulo também em trecho urbano, resultando em duas vítimas fatais. Em 2011, um caminhão com excesso de altura deslocou passarela na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, deixando duas pessoas feridas. Há ainda vários outros dados estatísticos que poderiam ser elencados.
O último caso marcante envolvendo acidentes em pontes devido ao excesso de altura dos caminhões se deu com a Juíza de Direito da 2ª Vara Cível de Jundiaí/SP, Dra. Adriana Nolasco da Silva. Segundo consta, o carro da magistrada trafegava na Avenida do Estado, na capital Paulista, foi atingido por um pedaço de concreto que caiu de um viaduto, logo após a passagem de um caminhão com excesso de altura que bateu na ponte.
Quando as autoridades pensam a construção de passarelas de pedestres ou pontes que ligam duas extremidades, deveriam primeiramente pensar na proteção da vida e em segundo plano a mobilidade sem riscos e sem complicações no tráfego. Isso porque, é latente a irresponsabilidade de condutores de caminhões que, por falta de atenção ou compromisso com a vida do próximo, excedem o limite de altura de carga que transporta ou qualquer outra forma, ferindo o princípio da segurança.
Em Ribeirão Preto, na avenida Adelmo Perdiza dois acidentes do mesmo tipo foram registrados em 2016 e 2017, em que os caminhões ficaram entalados na ponte, sem consequências graves.
Diante deste cenário preocupante que coloca em risco a vida a Câmara aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 81/2018 do vereador Elizeu Rocha (Progressistas) que prevê no município de Ribeirão Preto que todas as passarelas de pedestres, viadutos e pontes de tráfego de veículos tenham traves de proteção de altura e determina a instalação de placas de identificação do limite máximo de altura permitida.
O objetivo do vereador é prevenir acidentes como os citados. “Se tivermos uma forma de evitarmos que essas fatalidades aconteçam vamos evitar, muitas vezes o motorista comete imprudência com relação a placa, mas com a grade isso não acontecerá. Temos que lembrar também que essa batida compromete a estrutura da ponte, o que coloca ainda mais vidas em riscos”, conclui Elizeu Rocha.
Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação, com o prazo de 18 meses para instalação das traves.
